sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

NÃO VIVO DO QUE VEJO, MAS DO QUE CREIO


Todos nós passamos por diversas provações, sofrimentos e tribulações. Situações que muitas vezes nos fazem questionar a existência de Deus e o Seu amor por nós, pois mexem profundamente com os nossos sentimentos criando em nós a sensação de estarmos desamparados, sem um apoio em meio às lutas do cotidiano. Mas a função destas provas em nossa vida é justamente outra, e é isso que nós precisamos entender: por que sofremos?

O sofrimento tem um poder de nos colocar em contato com Deus da forma como Ele é de fato. Temos muitas projeções a respeito d’Ele. Algumas boas, certas... outras nem tanto. O fato é que o sofrimento nos dá a graça de um encontro pessoal profundo com Deus, pois é um meio de purificação de nossa fé, onde tudo o que achamos e acreditamos a respeito de Deus cai ao chão e encontramos a oportunidade de deixar crescer em nós uma fé pura, não baseada em idéias humanas, mas provada.

A fé provada é aquela que nasceu da provação. É aquela experiência de Deus que foi capaz de revolucionar a nossa existência, a ponto de conseguirmos superar a tribulação que passávamos. É a fé que nos dá a certeza, mesmo em meio às dores, que Deus cuida de nós e é o nosso socorro e auxílio. É a fé que nos faz viver daquilo que acreditamos e não mais do que vemos.

Quando fala a respeito da fé São Paulo nos diz: “Andamos na fé e não na visão” (2CO 5, 7). Este andar na fé e não na visão só é possível para aquele que fez uma profunda experiência de Deus, que sabe que a visão engana, mas Deus não. As situações que vemos, ouvimos ou vivemos tentam com freqüência nos pôr pra baixo, entristecer, levar ao sofrimento, porém, aquele que anda na fé não se deixa enganar, porque sabe que Deus está no controle e assim PASSA pelo sofrimento, pois sua força vem de Deus.

A fé provada é aquela que nos dá a certeza daquilo que não vemos. É uma certeza interior que nos faz esperar, mesmo quando tudo aos nossos olhos nos leva ao desespero. Essa experiência de fé nos faz dizer como o Salmista: “Sei que verei os benefícios do Senhor na terra dos vivos! Espera no Senhor e sê forte! Fortifique-se o teu coração e espera no Senhor!” (SL 26, 13-14).

Que Deus nos dê a graça dessa experiência da fé, a ponto de não vivermos mais do que vemos, mas sim daquilo que cremos.

Deus o abençoe!

Marcos

ESPAÇO JOVEM

Mais um Carnaval se aproxima! E é hora de decisão... Deixe o Senhor ser o centro do seu carnaval!

Gostaria de usar este espaço para partilhar um pouco sobre o carnaval, já que esta festa se aproxima, para que possamos discutir e pensar formas de evangelizar nesta época.

Originalmente, o carnaval (festa da carne) era a festa que antecedia o período da quaresma, ou seja, o período de jejum, penitência e silêncio. Era uma festa cristã com muita alegria, "comes e bebes" à vontade, pois todos sabiam que em breve, tudo se acalmaria.

Hoje em dia, o verdadeiro sentido do carnaval foi distorcido pelo mundo e a festa da alegria se transformou em uma festa promiscua. O desrespeito, a violência, o consumo de drogas e álcool em excesso levaram as pessoas de bem para longe das festas carnavalescas. Os retiros de carnaval têm se tornado a melhor opção para se viver a verdadeira alegria que a festa propõe.

Devemos nos preocupar, porém, com os jovens que ainda não dão abertura para Deus em suas vidas e por isso não querem compartilhar de tais retiros, participando das tradicionais folias nos clubes e ruas. Precisamos buscar despertar nas crianças, nos jovens e adultos a verdadeira alegria - que está dentro de cada um, não depende de exageros e é permanente - por meio da música cristã. Precisamos conscientizar e mostrar aos jovens que a verdadeira alegria é Jesus. Por isso, nos dias de festas que virão, não há a necessidade dos exageros e pecados constantes encontrados ano após ano nos salões tradicionais.

Que Deus abençoe a todos nesse carnaval, para que possamos ser instrumentos Dele, onde quer que estejamos.

Um abraço!

Zé Paulo
(adaptado de Gus Lucas - Banda Sopro de Vida)

CATEQUESE DO MÊS: SACRAMENTO DO BATISMO

“Os Sacramentos foram instituídos por Cristo e são sete: o Batismo, a Confirmação ou Crisma, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimônio. Eles atingem todas as etapas e todos os momentos importantes da vida de Cristo: dão à vida de fé dos cristãos origem e crescimento, cura e missão. Nisto existe certa semelhança entre as etapas da vida natural e as da vida espiritual”. (CIC 1113). Os Sacramentos são os sinais visíveis da realidade invisível da salvação que eles significam, porque são dom de Deus, realizam o que significam: por eles, recebemos o dom da graça, quer dizer, a própria vida de Deus.O Batismo é a porta de entrada da vida cristã. É o fundamento da vida de seguimento de Cristo e abre a porta para todos os outros sacramentos. Quando João Batista batizou Jesus, no Rio Jordão, o céu se abriu e ouviu-se a voz de Deus dizendo: “Este é meu filho amado, que muito me agrada.” (MT 3,16-17). Podemos dizer que, após o batismo, Jesus começou sua missão na terra. Nós também, com o batismo, comprometemo-nos a fazer o que Jesus fez e ensinou: anunciar o Reino de Deus. Com o batismo, iniciamos uma nova vida e tornamo-nos filhos queridos de Deus, assim como Jesus.

Batizar – quer dizer “mergulhar”. Mergulhado (batizado) na morte para a salvação do mundo (CIC 1225). Jesus deu-nos o Batismo no Espírito, a fim de que todos os homens possam renascer da água e do Espírito para entrar no Reino de Deus (JO 3, 5). Os ministros ordinários do Batismo são o bispo, o sacerdote ou o diácono. Em caso de necessidade grave, qualquer pessoa, mesmo não estando batizada, pode administrá-la, desde que queira fazer o que faz a Igreja (CIC 1256). Só se batiza uma única vez. Não se pode revogá-lo, nem reiterá-lo, porque imprime no cristão um selo espiritual definitivo da sua pertença a Cristo (CIC 1272).

A bíblia fundamenta a Instituição do Batismo em MT 28, 18 – 20: Disse Jesus: “Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra. Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo”. O significado e a graça do sacramento do Batismo aparecem com clareza nos ritos de sua celebração. É acompanhando, com uma participação atenta, os gestos e as palavras desta celebração, que os fiéis são iniciados nas riquezas que este sacramento encerra e realiza em cada batizado.

O Batismo é o sacramento da fé. O Batismo é como uma semente que se planta, mas, que ao longo dos tempos, deve ser cultivada para que cresça e produza. Caso contrário, de nada adianta. Assim também é a semente do Batismo: se não for cultivada no dia a dia na oração, na fé, na participação, na vivência em Deus, será uma semente choca, não germinada. É por isso que a Igreja celebra cada ano, na noite pascal, a renovação das promessas batismais. A preparação para o Batismo leva apenas ao começo da vida nova. O Batismo é a fonte da vida nova em Cristo, fonte esta da qual brota toda a vida cristã (CIC 1254). Todas as pessoas batizadas são chamadas para a missão. Pelo batismo somos sepultados (mergulhados na fonte) com Cristo e na sua morte, ressuscitados, plenos de vida (RM 6, 1–11).

Para que a graça do Batismo possa desenvolver-se, é importante a ajuda dos pais. “Este é também o papel do padrinho e da madrinha, que devem ser cristãos firme, capazes e prontos para ajudar o novo batizado na sua caminhada na vida cristã” (CIC 1255). Mas esse papel nem sempre é compreendido, há muita gente que pensa que os padrinhos são para dar presentes e dinheiro. Sua missão é mais espiritual, por isso a Igreja exige que sejam batizados, crismados, já tenham feito a 1ª Eucaristia e seja de fato gente de Igreja. Muitas pessoas afirmam que não se devem batizar crianças, porque elas não têm o uso da razão. A Igreja católica tem uma tradição diferente de outras igrejas, desde os primeiro séculos foi costume batizar crianças, este costume está em perfeita harmonia com a Bíblia. Em toda a Escritura vemos como a fé dos pais santifica os filhos, mesmo crianças. O menino Samuel foi santificado, aos 03 anos de idade, pela fé profunda de seus pais Élcana e Ana (1 SM 1, 19–28). O mesmo aconteceu com João Batista, santificado antes do nascimento pela presença de Maria (LC 1, 41 – 44). Por esses dados de fundamentação bíblica, podemos ver que não é preciso esperar que a criança chegue à idade adulta e tenha o uso da razão, para ser batizado. A fé dos pais é suficiente para que toda a família receba a graça de Deus. Se os pais são responsáveis perante Deus pelo sustento, proteção, educação, amparo, etc... de seus filhos, quanto mais seriam pelo bem espiritual.

O Batismo apaga o pecado original, opera o perdão dos pecados, torna-nos filho de Deus, irmãos de Jesus, membros da Igreja. Somos irmãos e irmãs uns dos outros e podemos dizer de verdade: “Pai nosso que estais no céu...”

Amado (a), peça a graça da renovação do seu sacramento, reze... Jesus ajude-nos a ser fiéis ao nosso batismo; ajude-nos a sermos verdadeiros cristãos todos os dias, em casa, na escola, na comunidade, no trabalho, na sociedade. Amém!

Claudia Lúcia