sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

CATEQUESE DO MÊS: SACRAMENTO DO BATISMO

“Os Sacramentos foram instituídos por Cristo e são sete: o Batismo, a Confirmação ou Crisma, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimônio. Eles atingem todas as etapas e todos os momentos importantes da vida de Cristo: dão à vida de fé dos cristãos origem e crescimento, cura e missão. Nisto existe certa semelhança entre as etapas da vida natural e as da vida espiritual”. (CIC 1113). Os Sacramentos são os sinais visíveis da realidade invisível da salvação que eles significam, porque são dom de Deus, realizam o que significam: por eles, recebemos o dom da graça, quer dizer, a própria vida de Deus.O Batismo é a porta de entrada da vida cristã. É o fundamento da vida de seguimento de Cristo e abre a porta para todos os outros sacramentos. Quando João Batista batizou Jesus, no Rio Jordão, o céu se abriu e ouviu-se a voz de Deus dizendo: “Este é meu filho amado, que muito me agrada.” (MT 3,16-17). Podemos dizer que, após o batismo, Jesus começou sua missão na terra. Nós também, com o batismo, comprometemo-nos a fazer o que Jesus fez e ensinou: anunciar o Reino de Deus. Com o batismo, iniciamos uma nova vida e tornamo-nos filhos queridos de Deus, assim como Jesus.

Batizar – quer dizer “mergulhar”. Mergulhado (batizado) na morte para a salvação do mundo (CIC 1225). Jesus deu-nos o Batismo no Espírito, a fim de que todos os homens possam renascer da água e do Espírito para entrar no Reino de Deus (JO 3, 5). Os ministros ordinários do Batismo são o bispo, o sacerdote ou o diácono. Em caso de necessidade grave, qualquer pessoa, mesmo não estando batizada, pode administrá-la, desde que queira fazer o que faz a Igreja (CIC 1256). Só se batiza uma única vez. Não se pode revogá-lo, nem reiterá-lo, porque imprime no cristão um selo espiritual definitivo da sua pertença a Cristo (CIC 1272).

A bíblia fundamenta a Instituição do Batismo em MT 28, 18 – 20: Disse Jesus: “Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra. Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo”. O significado e a graça do sacramento do Batismo aparecem com clareza nos ritos de sua celebração. É acompanhando, com uma participação atenta, os gestos e as palavras desta celebração, que os fiéis são iniciados nas riquezas que este sacramento encerra e realiza em cada batizado.

O Batismo é o sacramento da fé. O Batismo é como uma semente que se planta, mas, que ao longo dos tempos, deve ser cultivada para que cresça e produza. Caso contrário, de nada adianta. Assim também é a semente do Batismo: se não for cultivada no dia a dia na oração, na fé, na participação, na vivência em Deus, será uma semente choca, não germinada. É por isso que a Igreja celebra cada ano, na noite pascal, a renovação das promessas batismais. A preparação para o Batismo leva apenas ao começo da vida nova. O Batismo é a fonte da vida nova em Cristo, fonte esta da qual brota toda a vida cristã (CIC 1254). Todas as pessoas batizadas são chamadas para a missão. Pelo batismo somos sepultados (mergulhados na fonte) com Cristo e na sua morte, ressuscitados, plenos de vida (RM 6, 1–11).

Para que a graça do Batismo possa desenvolver-se, é importante a ajuda dos pais. “Este é também o papel do padrinho e da madrinha, que devem ser cristãos firme, capazes e prontos para ajudar o novo batizado na sua caminhada na vida cristã” (CIC 1255). Mas esse papel nem sempre é compreendido, há muita gente que pensa que os padrinhos são para dar presentes e dinheiro. Sua missão é mais espiritual, por isso a Igreja exige que sejam batizados, crismados, já tenham feito a 1ª Eucaristia e seja de fato gente de Igreja. Muitas pessoas afirmam que não se devem batizar crianças, porque elas não têm o uso da razão. A Igreja católica tem uma tradição diferente de outras igrejas, desde os primeiro séculos foi costume batizar crianças, este costume está em perfeita harmonia com a Bíblia. Em toda a Escritura vemos como a fé dos pais santifica os filhos, mesmo crianças. O menino Samuel foi santificado, aos 03 anos de idade, pela fé profunda de seus pais Élcana e Ana (1 SM 1, 19–28). O mesmo aconteceu com João Batista, santificado antes do nascimento pela presença de Maria (LC 1, 41 – 44). Por esses dados de fundamentação bíblica, podemos ver que não é preciso esperar que a criança chegue à idade adulta e tenha o uso da razão, para ser batizado. A fé dos pais é suficiente para que toda a família receba a graça de Deus. Se os pais são responsáveis perante Deus pelo sustento, proteção, educação, amparo, etc... de seus filhos, quanto mais seriam pelo bem espiritual.

O Batismo apaga o pecado original, opera o perdão dos pecados, torna-nos filho de Deus, irmãos de Jesus, membros da Igreja. Somos irmãos e irmãs uns dos outros e podemos dizer de verdade: “Pai nosso que estais no céu...”

Amado (a), peça a graça da renovação do seu sacramento, reze... Jesus ajude-nos a ser fiéis ao nosso batismo; ajude-nos a sermos verdadeiros cristãos todos os dias, em casa, na escola, na comunidade, no trabalho, na sociedade. Amém!

Claudia Lúcia

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