segunda-feira, 24 de maio de 2010

Que tal fazer uma experiência com Deus?

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A Paróquia São Sebastião está localizada na Rua Koto Mitsutani, 672 - Jd. Mitsutani. Após o encontro teremos a celebração da Santa Missa em ação de graças por este momento de fé que o Senhor nos proporcionará.
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Na casa de Maria, Mãe e Mestra

Pensar sobre a dimensão do amor de Nossa Senhora em nossas vidas é algo muito amplo, profundo e incalculável... ao mesmo tempo, trata-se de um amor simples, mas plenamente simples, intenso e delicado, assim como o amor de Mãe. E de que maneira podemos retribuir este amor? Estando cada vez mais próximos desta versão feminina da encarnação plena do Amor, que não se cansa de imitar seu próprio Filho, Jesus.

A reza do santo terço proporciona um relacionamento íntimo com Maria, uma experiência de fé que não é isolada, mas plenamente situada e pontuada de acordo com o Plano de Salvação de Deus. Cada mistério é carregado de significados e simbologias que revelam a beleza do amor do Pai. A questão da repetição, repudiada por muitos não-cristãos, é, na verdade uma maneira eficaz de contemplar a beleza e a doçura de Nossa Senhora Não se trata de “repetir por repetir”, mas sim de confirmar a cada Ave-Maria, a bem aventurança de nossa Mãe, por todas as gerações, mas principalmente sobre todas as inquietações, anseios, medos, decisões, alegrias, e tudo que permeia nossa vida e nossa história. Tenha certeza de que Maria está interessada em interceder por nós e em reacender o dom do amor a cada conta do terço.

A história abaixo mostra-nos mais deste amor singular da Mãe, que nos educa e nos encaminha:

Havia uma senhora muito simples, que vendia verduras na vizinhança. Certo dia, Tia Joana, conhecida por todos, foi vender suas verduras na casa de um senhor e lá perdeu o Rosário. Passados alguns dias, Tia Joana retornou a casa dele e este veio logo zombar:
- Você perdeu seu deus?
Ela, humildemente, respondeu:
- Eu? Perder o meu Deus? Nunca!
Então ele pegou o Rosário e disse:
- Não é este o seu deus?
- Graças a Deus, o senhor encontrou o meu Rosário. Muito obrigada!
- Por que você não troca este cordão com estas sementinhas pela Bíblia?
- Porque a Bíblia eu não sei ler, mas com o Rosário eu medito toda a Palavra de Deus e guardo-a no meu coração.
Ele perguntou:
- Medita a Palavra de Deus? Como assim? Poderia me explicar?
- Posso sim, respondeu Tia Joana, mostrando o Rosário.
- Quando eu pego na Cruz, lembro-me que o Filho de Deus, pregado na cruz, derramou todo o seu sangue para salvar a humanidade.
- Essa primeira conta me lembra que há um só Deus Onipotente e nela eu rezo o Pai nosso, a oração que o próprio Jesus nos ensinou. Essas três contas seguintes me lembram as três pessoas da Santíssima Trindade: Pai, Filho e o Espírito Santo. Três pessoas, mas um só Deus. Nesta outra conta eu rezo o glória, rendendo louvor e glória a Santíssima Trindade.
- O terço tem cinco mistérios, neles eu recordo as cinco chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo cravado na cruz. E cada mistério tem dez (10) Ave-Marias, que me faz lembrar os dez Mandamentos que o Senhor mesmo escreveu na Tábua de Moises.
- O Rosário de Nossa Senhora tem vinte mistérios, que são: os cinco ministérios gozosos, os cinco mistérios da luz, os cinco dolorosos e os cinco mistérios gloriosos. De manhã, quando me levanto, para iniciar a luta do dia a dia, eu rezo os gozosos, e lembrando-me da humildade de Maria de Nazaré. As 11h da manhã eu rezo os mistérios da luz, pensando em Jesus Cristo – a Luz do mundo – e lembrando tudo o que ele fez para anunciar o seu reino de amor. Peço também a ele que me ajude a ser luz para o meu irmão e também ser uma anunciadora do seu reino. Por volta das 15h da tarde, no ardor e no cansaço do trabalho, eu rezo os mistérios dolorosos, unindo-me a dura caminhada de Jesus Cristo rumo ao Calvário. Lembrando-me de seu amor por nós. Quando chega o fim do dia, com as lutas vencidas, eu rezo os mistérios gloriosos, que me fazem lembrar que Jesus venceu a morte para dar a salvação a toda à humanidade.
- E agora, me diga onde está a idolatria?
O senhor, envergonhado e ao mesmo tempo encantado diz: "Tia Joana, me ensina a rezar o terço".

Bem aventurada és tu que creste...

Você crê em Deus? Certamente alguém já lhe dirigiu esta pergunta em algum momento, certo? E o que você respondeu? Bem, independente da resposta gostaria de chamar a sua atenção para podermos refletir um pouco sobre a fé.

São Tiago nos diz: “Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem” (TG 2, 19). Em suma, o Apóstolo nos fala que não basta simplesmente crer em Deus. É necessário viver a fé, e viver a fé significa que precisamos deixar que aquilo que cremos ou Aquele em quem cremos possa fazer algo em nós, do contrário nossa fé será vã, pois não passará de algo professado da boca para fora.

Vamos olhar para a experiência de fé de Nossa Senhora, uma fé tão bem vivida que fez com que Isabel, sua prima, reconhecesse e proclamasse: “Bem aventurada és tu que creste, pois se hão de realizar todas as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!” (LC 1, 45). A fé vivida foi o que fez Maria feliz, pois permitiu que ela tocasse com as mãos todas as promessas que Deus lhe havia feito. A primeira promessa: o menino Jesus em seus braços. Imagine o dia em que Jesus nasceu e que Maria pôde, tocar com as mãos o que até então só havia tocado pela fé! Quanta alegria!

A experiência da fé em nossa vida precisa produzir frutos concretos, nos fazendo ser pessoas de fé, mas para que isso aconteça nossa fé precisa ir além de um simples acreditar. Sim! Mais do que acreditar, precisamos dar crédito Àquele em quem acreditamos, e isso é bem diferente, porque quando você dá crédito a alguém você está se arriscando e quando se arrisca, ousa, experimenta o grande desafio da fé: acreditar sem ver. Mas ao mesmo tempo, fica próximo de provar o fruto da fé: ver aquilo em que acreditou.

Hoje em dia nós corremos um grande risco de viver a nossa fé de uma maneira superficial. Mas Deus nos chama para vivência concreta da fé, que por conseqüência vai produzir frutos de salvação e de felicidade em nós e nos nossos. É o que nos garante São Paulo quando diz “Se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. É crendo de coração que se obtém a justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação” (ROM 10, 9-10).

Que a Virgem Santa nos ajude a trilhar o caminho da fé e interceda para que sejamos como ela: Bem aventurados!

O Culto a Virgem Maria

A palavra de Deus diz: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré, a uma jovem, prometida em casamento, a um homem chamado José, da família de David; e essa jovem, se chamava Maria” (Lc 1, 26-27). Esta palavra nos mostra que a iniciativa foi de Deus, ele quis precisar dela para realizar o plano de Salvação da humanidade. A devoção a Maria é algo que ultrapassa o entendimento humano, é algo sobrenatural.

Nós católicos devemos ter uma devoção toda particular a Maria Santíssima porque: Ela é a mais santa de todas as criaturas, Obra prima das mãos de Deus, Rainha do Céu e da Terra, Mãe e protetora dos Cristãos, Dispensadora de todas as Graças. Maria recebe o título de Mãe de Deus, tornando-se superior a todos os Anjos e Santos e lhe dá direitos a ser venerada e a receber o nosso amor. "Amemos a Mãe de Deus. Amemo-la com todo o fervor de nossos corações, com toda a ternura dos nossos afetos, tributemos-lhe todas as honras devidas à maternidade divina” São Bernardo.

O coração de Maria é uma fornalha ardente de caridade, de amor a Deus e ao próximo. Nele se encontra, em medida quase infinita, a caridade derramada pelo Espírito Santo (RM 5, 5). Isto significa que se você se aproximar dela com o coração reto e sincero, se sentira chamado para o amor a Deus e ao próximo. Este é o segredo divino da devoção a Maria. “Se procurarmos Maria encontraremos Jesus”. A Jesus “se vai” por Maria, e a Jesus “se volta” por ela. A devoção bem vivida sugere ao coração do Homem, as palavras ditas em Cana: “Fazei tudo o que ele vos disser”. A verdadeira devoção é, por isso, radicalmente “cristocêntrica” conduz a Cristo, - e é “teocêntrica” - leva a Deus. Nossa Senhora vive e se faz viver em função da vida de seu filho Jesus, abolindo qualquer tipo de idolatria.

O nosso relacionamento com Maria deve ser intenso e profundo: de mãe para filho, sendo o alicerce deste vínculo: o AMOR. Devemos manifestar à nossa devoção a Maria: Mãe de Deus e Nossa Mãe, de forma afetuosa, através das práticas religiosas que nos levam a Deus: reza do terço, rosário, participando dos movimentos marianos, das missas e na alegria de visitá-la nos santuários. Neste relacionamento filial, deve brotar em nós um profundo sentimento de confiança: “Nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tivesse recorrido a vossa proteção, implorado a vossa assistência, reclamado o vosso socorro, fosse por vós desamparado” São Bernardo. Esta confiança dos fieis, traduzem as mais diversas experiências no coração dos fieis: Mãe de Misericórdia, Virgem Poderosa, Auxilio dos Cristãos, Consoladora dos aflitos, Onipotência Suplicante...

Maria, na sua missão maternal, estende sua mão para nos elevar suave e fortemente até á meta da vocação cristã, que é a santidade... Maria nunca cessa de se interessar pela salvação daqueles que a invocam, nem de alcançar-lhes os socorros necessários, pois um verdadeiro servo de Maria não pode perecer eternamente. Não esqueçamos, porém, que o meio mais seguro para obter a sua poderosa proteção é a vida de oração e a imitação dos seus exemplos e das suas virtudes. Pratiquemos todos os dias alguma virtude por amor da nossa Mãe celeste. Esforcemo-nos, pois, para passar este mês aprendendo com Maria a prática do amor, obediência, humildade e fidelidade a Deus. Consagremos, pois, este mês à Santíssima Virgem. Vamos todos os dias oferecer-lhe aos pés de seu altar os nossos louvores e todo o nosso amor.

Católicos com práticas espíritas?

Vemos hoje com muita clareza crescer em nosso meio a divulgação de materiais com informações que vão contra a doutrina cristã, negando verdades proclamadas por nossa fé como a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, sua ressurreição, a nossa redenção por seu Sangue entre outras verdades. Estes materiais chegam até nós por meio de jornais, revistas, livros, novelas, filmes e demais formas, e acabam por entrar em nossa vida de maneira muito sutil, fazendo parte do nosso cotidiano, a ponto de, em certos momentos passarem a serem coisas "normais" para nós, aceitáveis.

Em meio a este crescente avanço destas "verdades" que contradizem a nossa fé, vemos a necessidade de retomar o que a Igreja e a própria Palavra de Deus nos apresenta quando se refere a este assunto.

No livro do Deuteronômio 18, 10-13 diz: “Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou à invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas”. Por “adivinhos” devemos entender todas as formas de se buscar o conhecimento de realidades ocultas, conhecer o futuro, etc. Entre essas práticas estão, entre outras, a invocação dos mortos (necromancia), a leitura das mãos (quiromancia), a astrologia, os búzios, cartomancia, consultas aos cristais, tarôs, numerologia, etc.

Em Levítico 19, 31 encontramos a seguinte ordem no Senhor para nós: "Não vos dirijais aos espíritas nem aos adivinhos: não os consulteis, para que não sejais contaminados por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus".

O Catecismo da Igreja Católica nos apresenta o seguinte texto: “Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas que erroneamente se supõem ´descobrir´ o futuro. A consulta aos horóscopos, a astrologia, a quiromancia (leitura das mãos), a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos de visão (bolas de cristais), o recurso a médiuns escondem uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e finalmente sobre os homens, ao mesmo tempo que um desejo de ganhar para si os poderes ocultos. Estas práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus” (N° 2116).

Vejam irmãos, que a Palavra de Deus e a Igreja advertem os fiéis a evitar as práticas que vão contra a fé que professamos. Não rejeitamos os espíritas, que pela fé que professamos são nossos irmãos, mas a prática do espiritismo, seja qual for a forma. É a esta prática que nós, cristãos professos, não podemos nos deixar envolver.

Diante disso, nos vem o questionamento: será que devemos buscar o que nos é apresentado hoje pela mídia e que contradiz a nossa fé? Sabemos que hoje existe um filme em cartaz que já bateu recorde de bilheteria divulgando verdades que não são as que professamos, como a reencarnação. Da mesma forma, programas de TV com o mesmo tipo de conteúdo. Na oração do Creio nós dizemos que “Cremos na ressurreição da carne e na vida eterna”. Como mãe, a Igreja nos orienta a não nos deixarmos envolver por estes enganos e nos mantermos firmes em nossa fé.

São Paulo nos fala: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém” (1CO 6, 12a). Será que isso nos convém?

Que o Espírito Santo ilumine nossas escolhas e nos conduza sempre pelos caminhos que produzem vida.