segunda-feira, 24 de maio de 2010

Na casa de Maria, Mãe e Mestra

Pensar sobre a dimensão do amor de Nossa Senhora em nossas vidas é algo muito amplo, profundo e incalculável... ao mesmo tempo, trata-se de um amor simples, mas plenamente simples, intenso e delicado, assim como o amor de Mãe. E de que maneira podemos retribuir este amor? Estando cada vez mais próximos desta versão feminina da encarnação plena do Amor, que não se cansa de imitar seu próprio Filho, Jesus.

A reza do santo terço proporciona um relacionamento íntimo com Maria, uma experiência de fé que não é isolada, mas plenamente situada e pontuada de acordo com o Plano de Salvação de Deus. Cada mistério é carregado de significados e simbologias que revelam a beleza do amor do Pai. A questão da repetição, repudiada por muitos não-cristãos, é, na verdade uma maneira eficaz de contemplar a beleza e a doçura de Nossa Senhora Não se trata de “repetir por repetir”, mas sim de confirmar a cada Ave-Maria, a bem aventurança de nossa Mãe, por todas as gerações, mas principalmente sobre todas as inquietações, anseios, medos, decisões, alegrias, e tudo que permeia nossa vida e nossa história. Tenha certeza de que Maria está interessada em interceder por nós e em reacender o dom do amor a cada conta do terço.

A história abaixo mostra-nos mais deste amor singular da Mãe, que nos educa e nos encaminha:

Havia uma senhora muito simples, que vendia verduras na vizinhança. Certo dia, Tia Joana, conhecida por todos, foi vender suas verduras na casa de um senhor e lá perdeu o Rosário. Passados alguns dias, Tia Joana retornou a casa dele e este veio logo zombar:
- Você perdeu seu deus?
Ela, humildemente, respondeu:
- Eu? Perder o meu Deus? Nunca!
Então ele pegou o Rosário e disse:
- Não é este o seu deus?
- Graças a Deus, o senhor encontrou o meu Rosário. Muito obrigada!
- Por que você não troca este cordão com estas sementinhas pela Bíblia?
- Porque a Bíblia eu não sei ler, mas com o Rosário eu medito toda a Palavra de Deus e guardo-a no meu coração.
Ele perguntou:
- Medita a Palavra de Deus? Como assim? Poderia me explicar?
- Posso sim, respondeu Tia Joana, mostrando o Rosário.
- Quando eu pego na Cruz, lembro-me que o Filho de Deus, pregado na cruz, derramou todo o seu sangue para salvar a humanidade.
- Essa primeira conta me lembra que há um só Deus Onipotente e nela eu rezo o Pai nosso, a oração que o próprio Jesus nos ensinou. Essas três contas seguintes me lembram as três pessoas da Santíssima Trindade: Pai, Filho e o Espírito Santo. Três pessoas, mas um só Deus. Nesta outra conta eu rezo o glória, rendendo louvor e glória a Santíssima Trindade.
- O terço tem cinco mistérios, neles eu recordo as cinco chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo cravado na cruz. E cada mistério tem dez (10) Ave-Marias, que me faz lembrar os dez Mandamentos que o Senhor mesmo escreveu na Tábua de Moises.
- O Rosário de Nossa Senhora tem vinte mistérios, que são: os cinco ministérios gozosos, os cinco mistérios da luz, os cinco dolorosos e os cinco mistérios gloriosos. De manhã, quando me levanto, para iniciar a luta do dia a dia, eu rezo os gozosos, e lembrando-me da humildade de Maria de Nazaré. As 11h da manhã eu rezo os mistérios da luz, pensando em Jesus Cristo – a Luz do mundo – e lembrando tudo o que ele fez para anunciar o seu reino de amor. Peço também a ele que me ajude a ser luz para o meu irmão e também ser uma anunciadora do seu reino. Por volta das 15h da tarde, no ardor e no cansaço do trabalho, eu rezo os mistérios dolorosos, unindo-me a dura caminhada de Jesus Cristo rumo ao Calvário. Lembrando-me de seu amor por nós. Quando chega o fim do dia, com as lutas vencidas, eu rezo os mistérios gloriosos, que me fazem lembrar que Jesus venceu a morte para dar a salvação a toda à humanidade.
- E agora, me diga onde está a idolatria?
O senhor, envergonhado e ao mesmo tempo encantado diz: "Tia Joana, me ensina a rezar o terço".

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